Diretoras do Colégio compartilham a experiência do Programa Santa Plural com outras escolas
Debora Vaz, diretora pedagógica do Colégio, e Bia Gouveia, diretora pedagógica da Educação Infantil, participaram do IX Seminário de Educadores Sociais e contaram sobre os aprendizados colhidos ao longo dos primeiros anos no Programa Santa Plural e sobre o papel da escola no enfrentamento ao racismo e na ampliação da diversidade racial. O diretor geral Fábio Aidar fez a abertura do evento que contou com a participação de mais de 12 escolas. Também participaram a assistente social Patrícia Zorovich e a consultora da escola Clelia Rosa, que compartilhou seu conhecimento sobre educação antirracista no encontro.
Dividir aprendizados e influenciar outras escolas a trilharem o caminho da equidade racial é parte importante da transformação que buscamos promover.
Como apoiar
Você sabia que as bolsas de estudo do Santa Plural são 100% financiadas pela “Associação Santa Plural” graças às doações de famílias da comunidade, ex-alunos e pessoas físicas e jurídicas?
Ao Colégio Santa Cruz, cabe a responsabilidade por custos adicionais como material, uniforme, taxa do lanche e atividades extras, além do investimento necessário para a materialização de todos os pilares do programa: formação de educadores, revisão de currículo, contratação afirmativa, assistência social, entre outros.
• Você é ex-aluno? Que tal mobilizar sua turma? Com apenas R$ 50,00 por mês, um grupo de 100 pessoas consegue garantir uma bolsa! Já temos a Bolsa Formandos 95 e 97. Nos escreva em santaplural@santaplural.org.br e ajudamos a criar uma campanha para a sua turma.
• Sua empresa faz declaração de Imposto de Renda por lucro real? Entre em contato conosco e garanta que parte de seus impostos se destine à causa antirracista! De acordo com a Lei nº 13.019/2014, as empresas nesta condição poderão deduzir o valor das doações feitas para OSCs até o limite de 2% de sua receita bruta.
Vamos juntos construir o Santa mais Plural!
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NOSSO CONTEÚDO MAIS CURTIDO
O QUE ESTÁ ROLANDO?
Conquistamos a certificação da CAF America
Concluímos o rigoroso processo de diligência da instituição Charities Aid Foundation America e conseguimos a certificação “Validated Organization”.
A credencial é um importante selo de garantia para os doadores, pois valida que estamos estruturados e operando como entidade sem fins lucrativos, focada em aplicar os fundos doados ao objeto social definido: bolsas de estudos para crianças negras e indígenas que ingressam no Colégio Santa Cruz por meio das vagas reservadas ao Programa Santa Plural. A certificação também atesta a qualidade de nossos processos na proteção contra o risco de fraude, lavagem de dinheiro, entre outras atividades ilícitas.
Marcamos presença no Global Philanthropy Forum
A Associação Santa Plural fez parte da delegação brasileira liderada pelo IDIS - Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social que compareceu ao Global Philanthropy Forum (GPF) 2022 em São Francisco, evento onde se discutem tendências em filantropia.
O GPF busca construir uma comunidade de filantropos e informar, capacitar e aprimorar a natureza estratégica das doações e investimentos sociais de seus membros por meio de conferências, programas e serviços de matchmaking.
Além da sensação de orgulho por estarmos presentes, o evento foi importante para entender as tendências e pautas que as maiores instituições e fundos filantrópicos estão apoiando e como.
Temas como democracia multiracial, defesa e reparação de terras indígenas, o poder das doações coletivas (giving circle) estiveram no centro das discussões do evento, que também cobriram a agenda de clima e igualdade de gênero, entre outros.
ACONTECEU E FOI MUITO LEGAL!
A Gabi, de 6 anos, mudou de escola, mas ainda é muito amiga da Luiza, e um dia foi brincar na casa dela. Entre uma e outra arte, as meninas estavam desenhando quando a Gabi pediu à amiga:
- Lu, me passa o lápis cor de pele.
Luiza, que tem em sua sala de aula três amigas negras, respondeu sem titubear:
- Sabe, Gabi, não devemos chamar a nossa cor de “cor de pele”, porque existem várias cores de pele e a nossa é só uma delas. Que tal chamar de bege?
Existem aqueles que chamam isso que a Luiza fez de policiamento e dizem:
- Agora não se pode falar mais nada!
Acontece que, para mudar uma realidade historicamente carregada de significados e expressões que não reconhecem a existência ou depreciam um grupo de pessoas, é necessário, sim, rever o que falamos, inclusive, como nomeamos determinadas coisas.
O programa Santa Plural não trata apenas de dar a oportunidade de uma educação humanista de qualidade para alunos negros e indígenas, mas também oferecer à todas as crianças e adolescentes de todas as origens e raças uma educação antirracista no convívio com a diversidade.
Nosso objetivo é formar cidadãos críticos o bastante para questionar os abismos que nos separam.
Vem com a gente, continue acompanhando nossas newsletter e outros canais de comunicação, vamos juntos aprender a ver diferente!
Contribua com a nossa newsletter! Você pode mandar ideias no email santaplural@santaplural.org.br
CONSTRUINDO IGUALDADE
" Gostei muito da pergunta que norteia o encontro, se todos nós somos seres humanos singulares porque a gente se incomoda tanto com a diferença… a diferença é uma marca indelével da nossa espécie... pensando nessa pergunta eu visitei um pouco a questão sócio histórica, têm diferenças que importam mais do que outras. Darei um exemplo.
Eu tenho a orelha bem pequena, mas isso não me hierarquiza. Ninguém forma fila, olha aqui só orelha pequena, aqui só orelha grande, mas eu já vi fila de menino e fila de menina, ninguém nega trabalho para alguém que tem orelha grande ou orelha pequena. A minha orelha é tão observável quanto por exemplo o tamanho do meu nariz, mas o tamanho do meu nariz é motivo de hierarquia social.
Ao longo da história certos traços arbitrários foram pinçados na consolidação de hierarquias. Quando a gente fala de diferença a gente não fala só de características físicas, intelectuais, morais das pessoas, a gente está falando de um processo social de enunciação, eu escolho arbitrariamente uma característica que nas relações de poder que vão sendo instituídas permitem diferenciar grupos, separar grupos e a partir daí eu construo uma estrutura de opressão e dominação que se auto justifica."
Luciana Nunes
Quer saber mais? Assista na íntegra, https://www.youtube.com/watch?v=amsXuqWfYlU , a palestra com a Professora Luciana Nunes sobre "Se todos os seres humanos são únicos, qual o nosso incômodo com a diferença".
A PLURALIDADE NA ESCOLA
Parece estranho, mas foi isso que Hélio Ramalho ensinou aos alunos do 7º ano.
Hélio é cabo-verdiano, engenheiro e reside no Brasil há alguns anos. Como músico, apresenta-se em espaços culturais da cidade e desenvolve oficinas de “batuke”. Resgatar nossas heranças culturais por meio da música é parte do projeto Áfricas, que se propõe a desmistificar a visão que temos do gigante continente.
Batucada com sacolas plásticas?
Alunos e alunas do 7o ano se inscreveram para uma visita ao Acervo África, em uma ampla casa no bairro Sumaré, que reúne uma coletânea de tecidos e outros objetos contemporâneos de diversas regiões africanas, com técnicas, cores e materiais específicos de cada cultura ou povo.
Luciene Ramos Silva, coordenadora do espaço, ressaltou a diversidade das nossas heranças africanas como nação. Ela nos apresentou as peças do acervo, destacando as técnicas de "tie-die" usadas por diferentes etnias e a ampla utilização do índigo.
Ficção ou realidade? O livro “Comandante Hussi” mistura as duas coisas, ao narrar a jornada do adolescente-herói, no contexto da Guerra Civil na Guiné Bissau dos anos noventa.
O incrível poder conversar com Caetano Imbo, imigrante da Guiné, e ouvir a história de quem tinha quatorze anos e viveu a Guerra como Hussi. Caetano é autor e ilustrador de obras de literatura infanto-juvenil e pôde compartilhar experiências de como desenvolve seu processo criativo com os estudantes do 7º ano. Em 2023, Caetano, que é pai do pequeno Joaquim de quatro anos, integrará a nossa comunidade de pais da Educação Infantil.
Eu Acredito
"Eu acredito que o Santa Plural tem mostrado que a escola é um espaço de encontro com as diferenças e da ressignificação de imaginários marcados pelo racismo estrutural, simbólico e institucionalizado presente na sociedade brasileira, logo, ampliando e revendo a função social da instituição escolar. Durante todo o percurso na implementacao do projeto Santa Plural sabe-se do comprometimento e da responsabilidade ética que tem sido assumido pelo colégio, desde da elaboração de um currículo antirracista até a reflexão sobre práticas que o sutentam. Assim, propondo junto aos professores (as) novas formas de realizar o fazer-educativo que historicamente tem silenciado, inferiorizado e marginalizado os saberes, epistemologias e cosmovisões afro-brasileiras, indígenas e africanas"
Nathan Pedro Bernardo Rosa, professor do G6
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